Fundos de pensão reforçam investimentos em imóveis nos EUA

A maioria dos investidores estrangeiros acredita que vai injetar mais dinheiro em imóveis nos EUA neste ano do que em 2015 e Nova York continua sendo o principal mercado-alvo em todo o mundo, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis (Afire, na sigla em inglês), registra o portal UOL.
 
A recente aprovação de uma lei que flexibiliza os impostos para os fundos de pensão estrangeiros que compram imóveis nos EUA provavelmente vai impulsionar ainda mais os investimentos, disse Jim Fetgatter, diretor da Afire. Muitos investidores transfronteiriços tinham comprado anteriormente imóveis nos EUA com parceiros majoritários desse país.
 
A nova lei "simplifica o processo de investimento e abre diversas oportunidades para que eles estruturem suas transações de outro modo", disse ele.
 
Sessenta e quatro por cento dos participantes disseram que pretendem fazer aumentos, singelos ou grandes, em investimentos no mercado imobiliário dos EUA neste ano, e 31% esperam manter suas posses ou reinvestir o obtido com as vendas em outros ativos americanos, de acordo com a 24ª pesquisa anual da Afire. Nenhum dos participantes pretende fazer uma redução drástica.
 
"Essa resposta é muito forte", disse Jim Fetgatter diretor da Afire, que tem sede em Washington e cujos membros possuem cerca de US$ 2 trilhões em imóveis em todo o mundo, em uma entrevista por telefone. A desaceleração da economia chinesa, a recessão no Brasil e a crise de imigração na Europa evidenciaram para os investidores que "os EUA, neste momento, realmente são o lugar mais seguro para eles".
 
As compras de imóveis americanos realizadas por estrangeiros aumentaram desde a crise financeira e pularam para US$ 87,3 bilhões em transações finalizadas no ano passado, em comparação com menos de US$ 5 bilhões em 2009, de acordo com a Real Capital Analytics Inc. Investidores do Canadá, da Ásia, da Europa e da Austrália compraram participações em edifícios empresariais, depósitos, edifícios de apartamentos, shoppings e hotéis na tentativa de obter yields relativamente mais altos. Manhattan atraiu US$ 23,5 bilhões, ou seja, 27% das transações de 2015, mostram dados da Real Capital.
 
Os EUA também ficaram em primeiro lugar entre os países com a melhor oportunidade de valorização do preço em 2016. Depois, vieram Brasil, Espanha, Irlanda e Reino Unido, de acordo com dados da Afire.
 
Dentro dos EUA, imóveis multifamiliares e industriais foram os tipos preferidos pelo segundo ano consecutivo, e os comerciais passaram do quinto ao quarto lugar. Os escritórios caíram de terceiro para quarto, e os hotéis continuaram em quinto lugar, de acordo com a pesquisa.(Diário Fundos de Pensão)