A Fitch Ratings anunciou nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, o rebaixamento do rating de emissor de longo prazo (IDR) do Brasil de ‘BB’ para ‘BB-‘. A perspectiva do rating foi alterada de negativa para estável. Segundo a agência de classificação de risco, o rebaixamento reflete “o persistente e grande déficit fiscal, a dívida pública elevada e em crescimento, e a falha em promover reformas que poderiam melhorar a performance estrutural das finanças públicas”.
A ação da Fitch ocorre após a S&P já ter tomado a mesma decisão em janeiro. O mercado já esperava pela medida, principalmente após o decreto da intervenção federal no Rio de Janeiro, o que inviabiliza a reforma da previdência, já que durante a intervenção não podem ocorrer alterações na Constituição.
A Fitch aponta em relatório que a decisão do governo de não levar a reforma da previdência à votação no Congresso “representa um importante revés na agenda de reformas que mina a confiança na trajetória de médio prazo das finanças públicas e no compromisso político de direcionar o problema”. A agência segue dizendo que a reforma da previdência será adiada até a conclusão da eleição em outubro, sendo que “há incertezas se a próxima administração poderá conseguir aprovar a reforma em tempo hábil”. (Investidor Institucional)