A perspectiva de crescimento da Previdência Complementar Fechada impulsionada pela discussão da Reforma da Previdência atingiu forte repercussão nos principais portais e jornais do país nos últimos dias. O Fundo Setorial Abrapp e os Planos Família foram destaques nos jornais DCI, Valor Econômico e no portal UOL na quinta-feira, 14 de março, após realização de entrevista coletiva do Diretor Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins. Diversos portais e veículos da mídia, como O Globo, Agência Estado, entre outros, também publicaram notícias sobre os resultados positivos das associadas da Abrapp, cujos ativos totais ultrapassaram R$ 900 bilhões no final de dezembro de 2018.
As notícias sobre o aumento da procura pela Previdência Complementar continuaram na sexta-feira, 15 de março, com a publicação de matéria na Folha de S. Paulo com o título “Aumento da alíquota do servidor gera corrida a fundo de previdência federal”, que abordou o crescimento das migrações e adesões ao Funpresp-Exe e ao Funpresp-Jud.
O crescimento da migração, segundo a reportagem, é motivada pela proposta da Reforma da Previdência que prevê aumento da alíquota de contribuição para os servidores. Caso não ocorra nenhuma prorrogação, o prazo para opção pelo Regime de Previdência Complementar (RPC) termina no próximo dia 29 de março. Ainda de acordo às informações da Folha de S. Paulo, os servidores do legislativo, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado, ampliaram as opções pela migração.
Planos Família - O jornal Valor Econômico publicou matéria que destacou a perspectiva de crescimento dos planos instituídos. Com o título “Fundações podem ter 50 planos familiares em 2019”, a matéria trouxe a estimativa do Diretor Presidente da Abrapp que falou que pelo menos 50 entidades fechadas deverão criar planos voltados aos familiares de participantes até final de 2019. O crescimento dos planos instituídos pode dobrar o número de participantes das entidades fechadas em até três anos, estima a Abrapp, publicou o Valor.
A reportagem do Valor destacou ainda a criação do Plano Família da Funcesp através do Fundo Setorial Abrapp e lembrou ainda da iniciativa anterior da Fundação Copel, que já havia criado um plano para os familiares em dezembro de 2017. A matéria publicou ainda a posição defendida pela Abrapp e seu Diretor Presidente em que defende a criação de uma "agência de defesa da poupança previdenciária de longo prazo", que reúna produtos com esse perfil.
O jornal DCI também destacou o potencial de crescimento das adesões aos novos planos voltados aos familiares na matéria intitulada “Abrapp prevê dobro de participantes em previdência fechada até 2022”, publicada na edição de quinta-feira (14). Com chamada de destaque na capa, a reportagem trouxe a estimativa de salto dos atuais 3,4 milhões de participantes para algo em torno de 7 milhões em três anos.
A matéria do DCI deu espaço ainda para a posição de Luís Ricardo que defende mudanças no artigo 40 parágrafo 15, que propõe a abertura da gestão da previdência complementar do servidor público para entidades abertas. “É algo que nos incomoda e preocupa porque a estrutura de governança dessas entidades é muito diferente para que se possa promover concorrência”, disse o Diretor Presidente, segundo a matéria.
O portal UOL seguiu a mesma linha de seus concorrentes ao ressaltar a abertura de planos aos familiares na matéria “Principais fundos de pensão devem estender planos de previdência a parentes”. "Temos as nossas maiores associadas engajadas nisso e nossa expectativa é que, até o final deste ano, já tenhamos mais de 50 fundos de pensão com o plano [familiar] em funcionamento", afirmou o Diretor Presidente da Abrapp, Luis Ricardo Marcondes Martins
Blog Vicente Nunes - Chamou a atenção ainda a matéria veiculada no blog do Vicente Nunes, do Correio Braziliense, com o título “Desenho da capitalização da Previdência preocupa, diz Abrapp”, com amplo espaço para as posições defendidas pela associação. “O presidente da Abrapp, Luis Ricardo Martins, afirmou, durante coletiva on-line de imprensa, que o sistema de capitalização que o governo federal pretende implementar na reforma é positivo, mas apresentou dúvidas e preocupações em relação às contas nocionais”, publicou a matéria assinada pelo jornalista Hamílton Ferrari (leia na íntegra).
O texto inclui as preocupações da Abrapp em relação ao modelo escritural das contas nocionais e as taxas de correção dos benefícios. “Nossa primeira preocupação é que não tem lastro. Serão escrituradas a luz de títulos públicos, que vão suportar a correção dos benefícios e contas”, disse na matéria.(Acontece)