Fenae repudia proposta que permite bancos privados gerirem recursos de fundos de pensão

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) rebateu a proposta, feita pelo Governo Federal, que permite bancos privados gerirem recursos de fundos de pensão.

Jair Pedro Ferreira, diretor da entidade, afirmou que a proposta enfraquece os fundos de pensão e atende a interesses das instituições financeiras privadas, ao reduzir a participação do trabalhadores na gestão de seus próprios recursos.

 

"Não vai ter mais participação, eleição de conselheiro [representante dos trabalhadores]. A ideia de que o banco privado gere melhor é conversa mole. Se você observar quem os melhores gestores, a Caixa está entre os primeiros", disse durante live promovida pela Fenae na terça-feira (29).

As alterações debatidas pelo governo federal exigem mudanças nas leis complementares 108 e 109, de 2001, para que a gestão dos recursos das entidades fechadas de previdência complementar - conhecidas como fundos de pensão - passe para entidades abertas, como bancos privados. A imprensa divulgou uma minuta elaborada pelo Executivo neste sentido.

Um dos pontos ressaltados por Ferreira tem impacto direto no bolso do trabalhador participante: o preço.

"Não O custo das entidades privadas para fazer a gestão varia entre três e quatro vezes mais do que a Funcef hoje investe com folha de pagamento. Hoje, se faz a gestão com bem menos", destacou. (Reconta aí)